segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Os erros do costume

Escrevi eu dois posts atrás que a cereja no topo do bolo desta peculiar pré-época tinha sido o berbicacho que se arranjou por terras alemãs. Mas afinal estava enganado. A cereja no topo do bolo estava reservada por Jesus com o onze que escolheu para entrar nesta nova temporada. Antes de avançar mais tenho que esclarecer algo. Não estou a pôr em causa o valor de nenhum dos jogadores que formaram o onze de sábado á noite. Aliás com este plantel, qualquer que seja o onze apresentado tem , para mim, todas as condições para vencer qualquer jogo da Liga Portuguesa.O problema aqui é a forma sistemática com que Jesus teima em achincalhar os jogadores , mostrando que não tem a minima noção o que é uma boa gestão de plantel. Já foi tudo explanado pela blogosfera fora mas não resisto em frisar alguns dos pontos que me tiraram fora de mim, mal vi o onze apresentado pelo meste da bazófia: 1- Deixar de fora Carlos Martins (principalmente ele que vinha sendo o homem em melhor forma no Benfica) e Enzo Pérez que vinham sendo das figuras da equipa para colocar em seus lugares Salvio e Rodrigo é uma facada na moral dos jogadores. Não está em causa quem é melhor que quem, a verdade é que tanto Salvio como Rodrigo ainda agora chegaram e ganharam na hora o lugar a quem vinha trabalhando bem há dois meses. 2- Abordar este jogo com apenas dois médios era uma estupidez evitável, embora seja teimosia antiga de Jesus. Mas pior é, tendo em conta que na pré-época este sistema pouco ou nada foi treinado. E só não viu quem não quis que neste sistema, o jogo do Benfica é apenas os dois centrais chutarem repetidamente bolas para a frente á espera do erro adversário ou de uma jogada de génio de algum dos avançados. 3- O ano passado Bruno César foi várias vezes testado á esquerda e nunca resultou. As suas melhores exibições foram sempre á direita. Nesta pré-época foi testado algumas vezes ao meio e também não resultou, e ... eis que no primeiro jogo Jesus resolve insistir com ele de novo á esquerda. Só podia dar no que deu, e bem sei que depois Nolito quando entrou ainda fez pior, mas como disse no inicio é natural que alguns jogadores não andem com a moral a topo, com esta gestão de Jesus. 4- Depois, tendo 122345566 avançados no plantel, Jesus abordou este jogo sem nenhum no banco de suplentes. É bem! 5- Com Carlos Martins em grande forma e Aimar ainda em recuperação depois de tanto tempo sem jogar, é o argentino o eleito para entrar na segunda parte. E notou-se bem a falta de ritmo do argentino, e isto numa altura em que o Benfica precisava de ritmo para mudar o rumo das coisas. 6- É inconcebível também que jogando 20 minutos com um homem a mais o Benfica não tivesse criado uma ocasião de golo. Uma! E nesses minutos não se viu Jesus arriscar um milimetro quer fazendo subir Witsel ou mesmo colocando um dos centrais lá na frente nos últimos momentos.
É claro que com tudo isto o Benfica poderia ter ganho o jogo e até chegou a estar em vantagem , mas com o golo de Salvio a acontecer numa falha defensiva. Depois quis o destino (ou Jesus) que o Braga desse a volta com dois golos a nascerem de falhas de Melgarejo. E criaram-se condições para ser ele , para muitos, o culpado da derrota, e fala-se apenas das falhas dele e pouco ou nada do paupérrimo futebol que o Benfica apresentou. Ainda sobre as falhas de Melgarejo, importa dizer que tanto Luisão como até Artur tiveram falhas igualmente comprometedoras , que por não terem resultado em golo não tiveram o mesmo impacto. Aliás todas essas falhas resultaram de uma ansiedade evidente que começa a ter dificil explicação. Se o Benfica tivesse acabado por ganhar este jogo, tudo estaria bem, e ninguém ligaria aos erros de Jesus. Ainda assim, com os empates dos outros rivais estes erros acabaram por ser quase esquecidos. Mas eles vão voltar a surgir e mais cedo ou mais tarde com piores consequências. Espero estar enganado Saudações Benfiquistas Ricky

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