domingo, 22 de março de 2009

O verdadeiro central e o imperador brincalhão




Não podia falar em centrais sem começar por Ricardo Gomes. Ele foi sem dúvida o melhor central que vi jogar até hoje. Foi o primeiro estrangeiro a capitanear o Benfica e isso diz muito daquilo que ele foi para o clube. Internacional brasileiro e capitão da selecção marcou uma época não só no Benfica como no mundo do futebol com o seu estilo inconfundível. Chegou ao Benfica com 24 anos proveniente do Fluminense e três anos mais tarde saiu do clube em direcção ao Paris Saint-Germain mas 4 anos depois regressou á Luz onde terminaria a carreira.


Curiosamente o seu último jogo foi a famosa Taça do very-light onde o Benfica ganhou ao Sporting por 3-1. No entanto Ricardo Gomes acabaria expulso nesse jogo, o seu último jogo. Talvez não merecesse acabar assim a carreira mas foi apenas um pormenor numa carreira fantástica. Foi campeão nacional em três países diferentes (Brasil, Portugal e França), sendo que no Benfica ganhou 2 campeonatos, 2 taças de Portugal e uma supertaça. Esteve 4 épocas no clube participou em 140 jogos e marcou 26 golos, uma excelente média para um central.




No entanto não foram sempre boas as experiências com centrais brasileiros . Em 2001 o Benfica contrata por empréstimo um central brasileiro de nome Júlio César com 23 anos. Chegava do Real Madrid com passagens anteriores por Valladollid e .... Ac Milan!!! As referências eram excelentes e muitos viam nele o sucessor de Ricardo, Mozer ou Aldair. No entanto cedo se percebeu que não iria atingir os patamares dos antecessores. Tinha uma técnica acima da média mas no entanto era bastante displicente a defender e abusava das fintas em plena área defensiva. Para a memória fica um lance em pleno estádio das antas , frente ao Porto em que dentro da área resolve levantar a bola com o calcanhar e passa-la por cima do avançado adversário indo buscá-la mais á frente.


A verdade é que as habilidades nem sempre corriam bem e começou a acumular erros que o levaram para o banco de suplentes.


O imperador como era conhecido jogou 20 jogos pelo clube , marcou 3 golos. E como prova da sua irregularidade está o facto de depois de abandonar o Benfica ter representado 7 clubes em 7 épocas: Áustria Viena, Valladollid, Bolton, Tigres, Olimpiakos, Dínamo Bucareste e Gaziantepspor onde ainda joga.

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