segunda-feira, 25 de maio de 2009

O filho do Zé e o mexicano voador



Tenho que confessar que escolher o ponta-de-lança para a minha equipa dos últimos anos do Benfica , não foi tarefa fácil. Longe disso. E acredito que a minha escolha não seja coincidente com a de muitos outros Benfiquistas. De qualquer modo , o ponta de lança que escolhi para a minha equipa foi: Rui Águas. Muitos lembrarão o facto de a certa altura ter trocado o Estádio da Luz por ares mais poluídos do norte. No entanto deixemos esse episódio de parte e centremos-nos na sua prestação ao serviço do Benfica.



Rui carregou sempre consigo a pesada herança do seu pai José Águas , bi-campeão europeu e ex capitão encarnado.



No entanto aos poucos Rui marcou o seu próprio caminho e impôs-se com alguma naturalidade. Lembro com bastantes saudades a sociedade eficaz que mantinha com Paneira e que gerou inúmeros golos para o seu pecúlio e da equipa. O seu momento mais alto seria quando em 1988 marcou 2 golos contra o Steua Bucareste colocando o Benfica na final da Taça dos Campeões.



Esteve 7 épocas no Benfica, participou em 237 jogos marcando 104 golos.



Ganhou pelo clube 3 campeonatos e 3 taças de Portugal. Por isso , e traições á parte, ele foi o melhor ponta de lança que vi jogar no Benfica.






Em Julho de 2006 o Benfica anuncia a contratação de Kikin Fonseca, ponta de lança internacional mexicano. Por essa altura Fonseca estava com a cotação em alta depois de belo desempenho no Mundial desse mesmo ano. Fonseca chegou ao Mundial como o avançado com melhor média de golos por minuto a nível de selecções em todo o mundo. No mesmo mundial jogaria 4 jogos e marcaria um golo , curiosamente contra Portugal.



Por tais factos , a sua contratação , gerou grande expectativa, mais ainda quando no jogo de apresentação , contra o E. Amadora marcou o seu primeiro golo pelo Benfica depois de belo golpe de cabeça, aliás a sua maior especialidade.



No entanto o encanto rápido acabou e Kikin foi passando os meses no banco de suplentes . Em Dezembro desse ano porém jogaria a titular em 3 jogos consecutivos marcando 3 golos. 1 frente ao Belenenses para a Liga e 2 frente ao Oliveira do Bairro para a Taça de Portugal. Poucos dias depois o Benfica aceitaria uma oferta dos mexicanos do Tigres para a sua aquisição, resolvendo o clube rentabilizar desde logo a sua contratação.



Para a história ficam 13 jogos e 3 golos de águia ao peito.

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